segunda-feira, 23 de novembro de 2009

1.5. Ciclo Celular

Em biologia, chama-se ciclo celular o conjunto de processos que se passam numa célula viva entre duas divisões celulares. O ciclo celular consiste na intérfase e na fase mitótica, que inclui a mitose e a divisão celular.




Interfase


A vida de uma célula começa no momento em que a divisão celular que a originou acaba e o momento em que ela mesma se divide ou morre (toda a actividade celular cessa).
A interfase corresponde ao período entre o final de uma divisão celular e o início da segunda. Geralmente a célula encontra-se nesta fase durante a maior parte da sua vida. Durante esta fase os cromossomas não são visíveis ao microscópio óptico. É um período de intensa actividade na célula, quando ocorre a duplicação do material genético.


A interfase divide-se em três fases:

  • Fase G1 - nesta fase sintetizam-se muitas proteínas, enzimas e RNA, verifica-se também a formação de organitos celulares e, consequentemente, a célula cresce.
  • Fase S - é nesta fase que ocorre a auto-replicação das moléculas de DNA (diz-se no plural porque para cada cromossoa existe uma molécula de DNA). A partir deste momento os cromossomas passam a possuir dois cromatídeos ligados por um centrómero.
  • Fase G2 - neste período dá-se a síntese de moléculas necessárias à divisão celular (como os centríolos).

Mitose
Nesta fase ocorre a divisão nuclear (nas células eucarióticas). É um processo contínuo, no entanto distinguem-se quatro fases.


1. Prófase

  • É a etapa mais longa da mitose;
  • Os filamentos de cromatina enrolam-se, tornando-se cada vez mais curtos, possibilitando assim o seu visionamento no Microscópio óptico;
  • Os dois pares de centríolos afastam-se em sentidos opostos, entre eles forma-se o fuso acromático (sistema de microtúbulos proteícos que se agrupam e formam fibrilas);
  • Quando os centríolos alcançam os pólos da célula o invólucro nuclear quebra e os nucléolos desaparecem.

2. Metáfase

  • Os cromossomas atingem a máxima condensação;
  • O fuso acromático completa o desenvolvimento e algumas fibrilas ligam-se aos centrómeros (as outras ligam os dois centríolos);
  • Os cromossomas encontram-se alinhados no plano equatorial (plano equidistante dos dois pólos da células) constituindo a Placa equatorial.

3. Anáfase
  • A anáfase começa pela duplicação dos centrômeros, libertando as cromátides-irmãs que passam a ser chamadas de cromossomas-filhos.As fibras do fuso, ligadas aos centrômeros, encurtam, puxando os cromossomas para os pólos da célula.A anáfase é uma fase rápida, caracterizada pela migração dos cromossomas para os pólos do fuso.
  • As fibrilas encurtam-se e começam a afastar-se;
  • Dá-se a clivagem dos centrómeros. Os cromatídios que antes pertenciam ao mesmo cromossoma, agora separados, constituem dois cromossomas independentes.

4. Telófase

  • A membrana nuclear forma-se à volta dos cromossomas de cada pólo da célula, passando a existir assim dois núcleos com informação genética igual;
  • Os núcléolos reaparecem;
  • O fuso mitótico dissolve-se;
  • Os cromossomas descondensam e tornam-se menos visíveis;

Citocinese
Corresponde à divisão celular e, consequentemente, à individualização das duas células-filhas. A citocinese difere conforme a célula for animal ou vegetal.
Na célula animal a citocinese consiste no estrangulamento do citoplasma.

No fim da mitose formam-se, na zona do plano equatorial, um anel contráctil de filamentos proteicos que, na citocinese, contraem-se e puxam a membrana plasmática para dentro até que as duas células-filhas se separam.

Na célula vegetal a parede celular não permite o estrangulamento do citoplasma, em vez disso é formada na região equatorial uma nova parede celular. Para isso vesículas provenientes do complexo de Golgi alinham-se no plano equatorial e formam uma estrutura que é a membrana plasmática das células filhas. Mais tarde, por deposição de fibrilas de celulose forma-se nessa região a parede celular.


Reflexão: Nos seres vivos multicelulares, o seu crescimento deve-se ao aumento do número e do tamanho de células que os constituem. Nestes organismos, a divisão celular permite também a regeneração de células que os constituem. Nestes organismos, a divisão celular permite também a regeneração de células ou partes de órgãos que foram danificados ou a renovação das que envelheceram e morreram. Quer nos seres vivos unicelulares quer nos pluricelulares, uma nova célula surge sempre por divisão de uma célula que existia anteriormente. Esta célula, após um período mais ou menos longo de crescimento, irá sofrer divisão celular e origina duas células-filha. O conjunto de transformações que uma célula sofre desde o seu aparecimento até ao momento em que sofre divisão denomina-se ciclo celular.



Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_Celular

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